Meio Político

Sua Excelência, o povo

Segundo normas e regimentos, temos o dever de tratar de Vossas Excelências o presidente da república, ministros, senadores, deputados, vereadores, governadores, prefeitos e até aqueles que ocupam cargos do segundo escalão. E no meio dessas autoridades todas, já qualificamos muito bandido de Vossa Excelência.

Penso está na hora de inverter esse papel. Afinal, esse pessoal não passa de reles empregado do trabalhador eleitor contribuinte. Aquele que paga os altos salários dessa cambada, que há séculos se locupleta a custa do suor daqueles, que, verdadeiramente trabalham.

Vossa Excelência é o gari que a luz do dia ou da noite varre e limpa as ruas, é o feirante que começa a trabalhar na madrugada para viver dignamente, é o comerciante que paga uma carga tributária absurda para encher o cofre dos governantes.

Vossa Excelência é o caminhoneiro que enfrenta estradas esburacadas, embora pague em dia o IPVA, dinheiro que deveria manter as rodovias em boas condições para não danificar as peças do caminhão e encurtar o tempo para a entrega das encomendas.

Por que, temos que nos curvar diante daqueles que para está no cargo depende do nosso voto? O tratamento deveria ser, no mínimo, de igual pra igual. Estamos no momento certo de virar esse jogo. Ano de renovar mandatos ou excluir do meio político, verdadeiros sanguessugas da sociedade.

Momento ideal para mandar pra casa deputados e senadores que mamam nas tetas do tesouro nacional, para dar proteção para empresários que superfaturam licitação, que vendem carne com papelão e outras porcarias.

Alijar da vida pública políticos demagogos, políticos que falam iludem o cidadão de bem, aquele que ainda acredita em gente de discurso bonito. Momento de irar de cena, político que se elege com dinheiro do tráfico de armas e de drogas para depois proteger os traficantes.

Você cidadão eleitor contribuinte, como diz o poeta Zé Geraldo, “Nunca deixe se levar por falsos líderes, todos eles se intitulam porta vozes da razão; pouco importa o seu tráfico de influências, pois os compromissos assumidos quase sempre ganham subdimensão, o importante é você ver o grande líder que existe dentro de você”.

Mude o jogo, seja protagonista dessa história. Faça valer a sua consciência e não a conveniência. Ela pode lhe custar muito caro.