Nascido em “berço de ouro”, herdeiro de família tradicional da política brasileira, o senador Aécio Neves goza do privilégio de, mesmo cometendo algum ilícito, possa se manter em liberdade e, usufruindo das regalias que um cargo de senador no Brasil oferece.
…Do povo
Maria José da Silva (32), funcionária pública no Rio Grande do Norte, presa e exonerada do cargo que exercia na prefeitura de Umarizal, sob a acusação de receber dinheiro para facilitar que uma empresa vencesse a licitação para fornecimento de merenda escolar. Nada foi comprovado até o momento.
Consequência
Cumprindo pena em um presidio, deixou dois filhos menores vivendo sob os cuidados de familiares. Após duas tentativas de responder as acusações em liberdade, ambas negadas pela justiça, ela vive em uma cela com mulheres condenadas por tráfico de drogas e homicídios.
Em Brasília
Flagrado em gravação pedindo propina de dois milhões de reais ao empresário da JBS, o senador Aécio Neves (PSDB), mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de ser afastado do cargo, foi inocentado pelos seus pares, sob a alegação de respeito à Constituição Federal.
Dois pesos
Aécio Neves e Maria José nasceram e vivem no mesmo país, que tem como Lei maior, a mesma Constituição Federal. Por que Maria José não pode aguardar o julgamento das acusações no cargo e em liberdade, e Aécio Neves pode? A maioria dos senadores, dois deles do Rio Grande do Norte, entendem que a lei tem que rigorosa, mas só para pobre.
Mal entendido?
Em Brasília com o prefeito Romero Rodrigues, o vice-prefeito Enivaldo Ribeiro descartou um rompimento entre os dois. “Não existe nenhuma briga, ao contrário do que muita gente quer. Houve um mal entendido, que vai ser resolvido. Essa coisa de rompimento não existe, o que existe é muito respeito entre a gente e Romero”.
Autoridade máxima
Com o prefeito Romero, o vice Enivaldo e a presidente do Legislativo Ivonete Ludjério em Brasília, o vice-presidente da CMGC, vereador Márcio Melo (PSDC) é a maior autoridade presente na cidade.
Mais uma vez
Usando os mesmos mecanismos que usou para se livrar da primeira acusação, o presidente Michel Temer, venceu mais uma vez na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Com o placar de 39 votos a 26 e uma abstenção, o relatório do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG) que pedia a rejeição da denúncia foi aprovado.
O presidente da AMD, Nelson Gomes, já avisou ao prefeito Romero, que vai voltar para sua cadeira na CMCG.