O vereador de Campina Grande (PB) Renan Maracajá (PSDC) retornou às atividades na Câmara Municipal nesta terça-feira (8). Renan Maracajá foi preso pela Polícia Federal em 22 de agosto deste ano, durante a segunda fase da Operação Famintos.
Desde então, estava licenciado do serviço Legislativo. Renan Maracajá é investigado por suposta participação em quadrilha envolvida com fraudes em licitações, superfaturamento de contratos administrativos e corrupção. Segundo a Justiça Eleitoral, nas eleições municipais de 2016, ele foi eleito o vereador mais votado, com 4.977 votos.
Na tribuna, o vereador negou participação em atividades ilícitas e disse que irá provar sua inocência na Justiça e perante a população. “Requeri licença da minha função de vereador em respeito a esta Casa legislativa e ao povo de Campina Grande. Devo dizer que, de tudo que sou acusado, sou inocente e irei provar minha inocência na Justiça, que é o foro adequado para discutir se os fatos apresentados pelo Ministério Público Federal são verdadeiros. Em seguida, prestarei contas à população de tudo aquilo que estou sendo acusado”, declarou Renan Maracajá. “Retomo meus trabalhos para dar continuidade a minha nobre função de legislar e fiscalizar, destacando nesses quase dois anos e 10 meses de mandato que apresentei diversos projetos de lei no intuito de melhorar a vida da população de Campina Grande”, completou o vereador.
Renan Maracajá foi liberado da prisão por determinação do Tribunal Regional Federal da 5ª Região em Recife (TRF5) no dia 19 de setembro. Algumas condições foram impostas à soltura do vereador, como a proibição de manter contato com outros investigados na Operação Famintos e de se ausentar de Campina Grande por prazo superior a 15 dias sem autorização judicial.
Segundo a Polícia Federal, a etapa da Operação Famintos que prendeu Renan Maracajá serviu para ampliar a desarticulação do núcleo empresarial de uma organização criminosa responsável pela criação de empresas de fachada, constituídas em nome de pessoas que não eram as reais proprietárias e administradoras. As empresas eram utilizadas pelos criminosos para fraudar as licitações, conferindo um falso caráter competitivo aos processos licitatórios. O esquema utilizava pessoas conscientes de sua condição de “laranjas”.
A primeira fase da Operação Famintos aconteceu em 24 de julho deste ano, tendo contado com a participação de 260 policiais federais e 16 auditores da Controladoria-Geral da União. Na ocasião, foram cumpridos 67 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos e nas residências, escritórios e empresas dos investigados, bem como de 17 mandados de prisão.
Recentemente, no dia 26 de setembro, houve a terceira fase. A operação contou com a participação de 20 policiais federais, sendo realizado o cumprimento de três mandados de busca e apreensão, bem como um mandado prisão preventiva e um mandado de prisão temporária, todos na cidade de Campina Grande.
Com Portal Correio