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Ana Amélia aceita ser vice de Alckmin, dizem dirigentes do PSDB Senadora afirmou que faltam apenas resolver ajustes no Rio Grande do Sul

A senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou nesta quinta-feira que aceita ser vice do pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, mas condicionou a decisão a ajustes no palanque no seu estado, o Rio Grande do Sul. Ela foi convidada pessoalmente por Alckmin, na quarta-feira, em encontro na sua residência.

— Minha aceitação depende de bater o martelo no estado — disse Ana Amélia.

O presidenciável estava no Rio de Janeiro quando recebeu, no início da noite, o “sim” da senadora para ser sua companheira de chapa. Ana Amélia comuniciou a aceitação do convite ao tucano por telefone.

O acordo passa por uma nova aliança entre PSDB e PP no Rio Grande do Sul, já que os dois partidos tinham candidatos ao governo. Nesta quinta-feira, com o convite, o deputado Luís Carlos Heinze (PP) foi convencido a desistir a apoiar Eduardo Leite (PSDB). Heinze concorrerá ao Senado, na chapa do tucano.

Na noite desta quinta-feira, os dirigentes dos dois partidos se reuniram em Porto Alegre para tentar fechar o restante do acordo. O que faltava era a composição para a eleição proporcional, ou seja, para a eleição de deputados federais e estaduais. O PP quer a garantia de que terá espaço para eleger os seus candidatos.

Com o acerto, o PP passa a apoiar Alckmin no Rio Grande do Sul, onde antes o candidato do partido apoiava o candidato Jair Bolsonaro (PSL). O próprio Heinze, ao lado de Ana Amélia, disse que a partir de agora estava apoiando Alckmin. Assim, Bolsonaro perde um importante palanque no Estado, embora ainda tenha ao seu lado o deputado Onyx Lorezoni (DEM-RS).

Para aparar as arestas, Ana Amélia passou a tarde desta quinta-feira em seu gabinete, no Senado, com dirigentes do PP gaúcho e Heinze. O grupo fez até uma conferência viva voz com Eduardo Leite para fechar os principais pontos do acordo.

— Faltam aspectos da coligação proporcional — disse um dirigente do PP.

Na convenção do PP, realizada pela manhã, a senadora gaúcha foi assediada para tirar fotos com os correligionários, mas Alckmin não posou ao seu lado. Após o evento, o tucano disse que a questão não estava decidida, mas elogiou Ana Amélia

— Não tem nada decidido. Sempre tenho dito que essa é uma decisão até sábado, mas quero destacar as qualidades da senadora Ana Amélia, uma das melhores senadoras do Brasil, a força e a garra das mulheres. Vamos aguardar — disse Alckmin.

G1