Foi Eduardo Bolsonaro , deputado federal e filho do presidente, que acompanhou Jair Bolsonaro no seu muito aguardado encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump , nesta terça-feira. Já o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, não esteve presente no Salão Oval, o centro do poder na Casa Branca, onde os dois chefes de Estado deram breves declarações à imprensa antes de uma reunião a portas a fechadas.
Estavam também em cena dois tradutores; o conselheiro de Segurança Nacional americano, John Bolton, que já visitara Bolsonaro no ano passado no Rio; e a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
FOI CONVIDADO? – De acordo com Filipe Martins, assessor especial da área internacional da Presidência, foi Trump quem convidou Eduardo após ele ter sido apresentado por Bolsonaro como filho. Nos jardins da Casa Branca, o deputado comentou: “Trump nos fez sentir em casa. Certamente ele será convidado pelo presidente Bolsonaro a ir ao Brasil e (a visita) será retribuída”.
De acordo com a assessoria de imprensa do Itamaraty, a previsão era de que Trump e Bolsonaro se reuniriam a sós, apenas com os intérpretes, e por isso o chanceler não entrou. O ministério também disse que o deputado Eduardo foi convidado pelo ocupante da Casa Branca, e que não sabe por que Bolton estava presente.
Eleito presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara (CREDN) na semana passada, Eduardo já vinha atuando como chanceler informal desde antes de assumir este cargo. Em novembro passado, já fizera viagem a Washington representando o governo do pai.
TAMBÉM NA CIA – Eduardo também estava presente numa visita surpresa na segunda-feira à Agência Central de Inteligência (CIA) com seu pai e o ministro da Justiça, Sergio Moro. O encontro não estava previsto nas agendas oficias do presidente e de Moro. O chanceler também não foi chamado.
Bolsonaro chegou de carro à Casa Branca na tarde desta quarta-feira e foi recebido por Trump, que o esperava na entrada. Os dois presidentes trocaram camisas de futebol. Elogiando a campanha de Bolsonaro, Trump destacou que os dois países nunca estiveram tão próximos quanto agora. “Temos uma grande aliança com a Brasil, a maior que já tivemos”.
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