Vicente Limongi Netto
Não fiquei surpreso com a pobreza intelectual do discurso de Bolsonaro, na ONU. Texto recheado de repetidas e cansativas acusações, ressentimentos, clichês surrados sobre a Amazônia, e ameaças descabidas. Seguramente a rispidez , o provincianismo e grosseria de Bolsonaro não agradaram aos mais de 140 chefes de Estado presentes ao plenário da ONU. Enfatizar que ninguém mete o bedelho na soberania do Brasil foi valentia óbvia e desnecessária.
Acusar parte da imprensa de sensacionalista, foi outra bobagem. Na ONU, os presidentes devem enfocar detalhes da política externa de seus países. Anunciar avanços e contribuições de suas gestões. Medidas que podem servir ao mundo. Não praguejar como se estivesse em palanque eleitoral. Travestido de vítima e salvador da Pátria.
MISSÃO DE HELENO – Excelente a matéria de Johanns Eller (O Globo- 22/9) destacando a vigilante e árdua missão do general Augusto Heleno como ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Heleno tem amplo currículo de bons serviços ao país. É respeitado por civis e militares. Patriota e competente. Quem dera que o governo contasse com mais expressivos e firmes Helenos auxiliando Bolsonaro. Aliás, causa espanto a informação de que Heleno foi um dos autores do provinciano discurso de Bolsonaro. Será mesmo?