No vácuo do PT, em busca de espaço para se firmar como alternativa ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) em 2022, o terceiro colocado nas eleições de 2018, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), passou a frequentar Minas Gerais pelo menos uma vez por mês desde março deste ano.
Ao passar por Belo Horizonte, nessa segunda-feira, dia 14, de onde foi para Barbacena e Manhuaçu, o pedetista chamou de crime a privatização da Cemig pretendida pelo governador Romeu Zema (Novo). Em entrevista ao Estado de Minas, Ciro se referiu ao PT, com o qual já esteve unido, como “um bando de ladrão e mentiroso”.
RUPTURA – Disse acreditar que não terá Bolsonaro como concorrente em 2022 e também apostou em uma ruptura entre o presidente e o ministro da Justiça, Sérgio Moro. “Acho que vão acertar a faca nas costas um do outro a bem do país”. Veja os principais trechos da entrevista:
O senhor tem vindo todo mês a Minas Gerais desde o início do ano. Por que essa presença tão forte?
É um compromisso e um prazer que me concedo porque Minas é o centro estratégico da compreensão de Brasil que tenho. Boa parte do desequilíbrio que estamos vivendo na vida brasileira contemporaneamente se deve à deliberada destruição do prestígio de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. Para termos de novo um projeto nacional de desenvolvimento equilibrado é preciso organizar a nova emancipação de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. Quero esse lugar na história do presidente que vai libertar Minas Gerais desses constrangimentos todos.
De que forma pretende fazer isso?
Tenho estudado alternativas que só serão viáveis num ambiente de projeto nacional que revogue essa ideologia mesquinha e neoliberal de que cada um tem que se virar e quem for podre que se arrebente. Sem projeto não tem solução para Minas. Um exemplo: em vez de privatizar a Codemig por uma ninharia, os direitos minerários são uma fortuna inestimável. Só que são líquidos esses valores, mas a União pode dar liquidez a eles emitindo um lote de títulos pré-fixados, lastreados nisso, e assumir o passivo previdenciário com esse lastro que a União dá o fluxo de liquidez, mas fica garantida essa riqueza. Uma vez chegando ao poder vou botar a mão nisso na primeira semana.
O governo Zema tem o projeto de privatizar tudo para fazer seu ajuste. Como avalia?
Esse é o equívoco, porque se você vende a geladeira com o fluxo negativo, no mês seguinte vende o fogão, a cama, no fim você fica pobre, endividado e sem seu patrimônio. Itamar Franco chegou a botar de prontidão a Polícia Militar de Minas para impedir isso. Se naquela data era o caso de você enfrentar manu militari uma violência dessas, contemporaneamente é um apelo que faço aos nobres representantes do povo mineiro, que não destruam a Cemig. Ela não é só uma mera distribuidora de energia como a Coelce (companhia de eletricidade do Ceará), que não foi bom pro Ceará, foi um erro e o que o povo está vivenciando é uma deterioração dos serviços e um encarecimento brutal da tarifa. É um crime de transcendental gravidade se desfazer da Cemig, de um patrimônio desses.
O senhor defendeu recentemente que o PDT apoie a reeleição do prefeito Alexandre Kalil (PSD) em BH. Como abrir mão de candidatura própria tendo o projeto de disputar a Presidência em 2022?
É uma questão de caráter meu, de cultivar lealdade, gratidão. O Kalil se lançou na minha campanha de presidente sem me dever nada, ele é o prefeito de capital mais popular do Brasil. Se fosse mau prefeito a gente tinha uma razão superior com o povo de BH acima das minhas gratidões. Eu me sento nessa discussão com essa opinião, mas todo mundo sabe, inclusive o Kalil, que o PDT de MG é autônomo. Abrirão a discussão com essa ponderação, mas no fim vão decidir e ficará registrado para todo mundo que tenho caráter, gratidão e respeito pelas pessoas que me ajudam.
E aí esperaria reciprocidade dele também em 2022?
Não, a reciprocidade aqui não é para o futuro, é para o passado. Tirei o segundo lugar em Belo Horizonte, capital dos mineiros. Você não tem ideia para mim de como isso é um privilégio.
O senhor é único presidenciável que está de fato andando pelo país. Essa aparição tão antes da eleição não pode gerar desgaste?
Tive quase 14 milhões de votos que me mandaram fazer oposição, fiscalizar, cobrar, apontar os equívocos. Os tempos pedem que eu não faça só a denúncia do que está errado, estou assumindo e dando a cara a bater de propor alternativas práticas com números, dizendo como resolver os problemas a cada crítica que faço. Isso é uma linha do PDT e estou me sentindo cumprindo minha obrigação. Não me conformaria de ficar em casa esperando o circo pegar fogo para rir da cara do palhaço.
É uma coisa que o PT, que ficou em segundo lugar, deveria estar fazendo?
Sem nenhuma dúvida. O PT, pelas contradições brutais que teve, está muito sem poder fazer o que estou fazendo. O PT, na hora que chega em uma discussão, imediatamente perde a qualificação porque as pessoas dizem que passaram 14 anos no governo e não fizeram. O bolsonarismo faz isso. Outro dia saiu pesquisa despencando aprovação do Bolsonaro. Aí Bolsonaro, orientado por assessores disse ‘olha eu erro mesmo, nem sempre consigo resolver os problemas mas se vocês puxarem a corda muito forte o PT vai voltar’. Aí imediatamente a Gleisi Hoffmann que é lider dessa burocracia corrupta que é o PT diz assim: ‘esse negócio de centro no Brasil não existe, a eleiçãod e 2022 vai ser o Bolsonaro contra o PT’. Os dois estão se alimentando e o Brasil que se arrebente. Estou lutando desesperadamente para construir um caminho onde a gente bana o ódio ou a boçalidade bolsonarista e o ódio extremista e corrupto do PT.
O senhor descarta uma nova união com o PT?
Com essa burocracia do PT, nem para ir para o céu. Pago meus pecados no purgatório mais um pouquinho mas nem para ir para o céu. Porque é um bando de ladrão, de mentiroso. Estou falando da burocracia do PT, não da militância e do bom pensamento de velhos militantes. O Chico Buarque é fanático do PT e sou fã dele e entendo que ele não quer nem saber se roubou ou não, se a economia se destruiu, ele gosta do Lula e não tenho nenhum problema com isso. Mas essa burocracia, as linguagens corruptas e a traição ao país que fizeram na economia e no social é imperdoável.
Nesse aspecto do fanatismo que o senhor fala, o bolsonarista e o petista são iguais?
Um se sustenta no outro, sem nenhuma dúvida. Esse é o cálculo do Lula, que é gênio na política. Estava cansado de saber que o Haddad perderia a eleição, o que ele não podia era perder para mim, porque o que estava em jogo para o Lula não era o Brasil, era o PT. Aliado para eles é útil até o momento que faz o que São Lula mandar. Na hora que São Lula não gostar, acionam uma máquina de difamação e destruição. Fizeram com a Marina, só que comigo o buraco é bem mais embaixo. Não vão me empurrar para a direita nunca, quem está na direita são eles.
O PT está na direita?
Com essa burocracia do PT, sem nenhuma dúvida. Ninguém é de esquerda porque se diz de esquerda, são as práticas que definem. Veja os bancos, o sistema tributário brasileiro, é o sistema mais perverso e injusto do mundo. Ele cobra muito mais dos pobres e muito menos dos ricos. Na prática, rico não paga imposto no Brasil e o servente de pedreiro ou uma diarista quando liga no celular paga 40% de imposto. Isso não é um sistema criado pelo Bolsonaro, é um sistema criado pelo Fernando Henrique e aprofundado pelo PT.
O ministro Sérgio Moro foi bastante desgastado pelo episódio da Vaza-Jato. Ainda é um nome para a sucessão de Bolsonaro?
Acho que até lá estará carbonizado. O Bolsonaro é paranoico e já percebeu que tem um inimigo dormindo com ele em casa. Está um jogo de inimigos falsos, um vendo que hora vai meter a faca nas costas do outro. E os dois acho que vão acertar a faca nas costas um do outro a bem do país. Mas uma facada, espero que desta vez, que seja só metáfora.
O senhor se define como candidato de esquerda?
O projeto que defendo é de centro-esquerda, reunir os interesses da produção com os do mundo do trabalho. Um sistema tributário mais progressivo, um sistema previdenciário unificado que acabe com privilégios e corteje mais pobres, que estabeleça a responsabilidade do estado de consertar os motores enguiçados do desenvolvimento econômico brasileiro e comece a executar um projeto que tem meta de fazer o Brasil um país com indicadores socioeconômicos espanhóis em 30 anos.
Que partidos vai procurar?
Essas coisas não são visualizadas a tal distância. É quase tão acertado eu antecipar os números da loto quanto eu dizer com quem estarei em 2022.
Quem descarta?
Vamos supor que aconteça revolução interna no PT, troquem burocracia toda, façam uma autocrítica e se apresentem para a sociedade brasileira, isso é um fato que me provoca uma atitude outra que não a que tenho hoje. Vamos supor que o Psol tenha uma clareza que esse alinhamento automático está dando a eles um status inferior de puxadinho do PT corrompido, o que é um equívoco, temos uma conversa para fazer. Vamos supor que o PSB entenda que o Brasil é um pouco mais importante que Pernambuco, temos uma conversa. O DEM hoje, para mim, está cumprindo um papel, através do Rodrigo Maia, muito importante, de obrigar o Bolsonaro a atuar dentro do regime democrático, e isso não é pouca coisa. Não afino em nada com a agenda reacionária e conservadora do DEM, mas neste aspecto. O outro é o da contenção de danos. A primeira proposta da reforma previdenciária foi para lá e o Rodrigo nos garantiu espaços para ir atenuando danos. Com essa gente eu converso muito mesmo. Se me dessem amanhã o privilégio de vir comigo para mim, é o desenho de um projeto de produção e trabalho.
Que adversários o senhor espera ter na eleição de 2022?
Não vejo Bolsonaro candidato, acho que o Doria vai abrir mão da corrida e que a elite vai estar tão apavorada que vai com Luciano Huck. Esse Amoêdo não tem muito lugar, mas está se esforçando para ser. Na esquerda vai vir o PT necessariamente com um candidato, eu devo ser se a indicação do meu partido persistir até lá.
Como avalia essa crise no PSL, causada pelo próprio Bolsonaro, que agora diz que o partido está queimado depois das acusações de candidaturas laranja e caixa 2?
O PSL não existe, era uma dessas fraçõezinhas ridículas que existem para negociar legenda e tempinho de televisão nas eleições municipais sem maior comprometimento. De forma oportunista, sem nenhuma afinidade ideológica, resolveram dar legenda ao Bolsonaro. Com isso, o Bolsonaro transformou o PSL no maior partido brasileiro e os deputados resolveram criar o fundo eleitoral, cujo critério (da distribuição) é o número de deputados. Nessa brincadeira o PSL tem R$ 780 milhões de dinheiro público daqui até a eleição. Como não tem ideologia nem nada, caráter zero, estão brigando pelo dinheiro. Vai ser guerra de foice no escuro.
O presidente fica no PSL?
Duvido. Eles vão tentar tomar o PSL, que é a lei do menor esforço. Depois tentar alguma alteração na lei ou justificativa que permita o per capita do dinheiro ir com Bolsonaro para outro lugar. É uma guerra de doido com bandido.
Paulo Guedes já dá mostras de que não vai cumprir algumas metas, como a de zerar o déficit no primeiro ano de governo. O que o senhor acha que ele vai conseguir?
O Paulo Guedes é um aluno medíocre de Chicago que nunca teve um papel mais relevante no debate brasileiro, não é má pessoa, mas não conhece o Brasil. Ele está intoxicado e parou de estudar nos anos 1980 para ganhar dinheiro. Hoje a ideologia e o marco de economia política que ele pratica está vencido inclusive em Chicago, ninguém mais defende essa estupidez que ele está a ferro e fogo empurrando ao Brasil. Nossa proposta é cobrar um tributo sobre lucros e dividendos empresariais em linhas com as melhores práticas internacionais que todo mundo cobra. Só o Brasil não cobra esse imposto. Dá R$ 70 bilhões. Não precisa zerar o déficit no primeiro ano, tem aí R$ 70 bilhões para começar a trabalhar. O Guedes acha que Brasil tem que fazer agenda do bom moço internacional, que é aquela vencida de privatização, desregulação, redução do estado, que nós então seremos reconhecidos pela comunidade internacional e salvos do nosso desastre socioeconômico pelo investimento estrangeiro. Sabe quando isso aconteceu na história da humanidade? Nunca, não existe esse caminho.
O governo Bolsonaro tem a pior avaliação de primeiro mandato entre os presidentes. O povo se arrependeu?
Nosso povo votou machucado, exasperado por uma crise econômica sem precedente, encimada por uma notícia em horário nobre de televisão de corrupção generalizada. Nesses ambientes apaixonados, odientos, o Bolsonaro foi capaz de interpretar de forma tosca, simplória, grotesca mas muito eficaz, ajudado inclusive pela despolitização e o sentimento generoso do nosso povo quando ele levou a facada, isso o subtraiu dos debates com uma razão respeitável. Mas eu era visto pelo povo brasileiro como um pessoa séria, respeitada, mas que tinha muita ligação com o PT. E a onda ali era uma vingança contra a traição econômica especialmente, porque o Lula puxou 40 milhões de pessoas para cima mas a mesma gente e uma pessoa que o Lula impôs sem o mínimo conhecimento do povo trouxe todo mundo para baixo de novo. É o mesmo fenômeno que destruiu o PSDB como vetor nacional. Nunca mais, do Fernando Henrique para cá o PSDB ganhou uma eleição nacional. Foi o debate econômico com a desvalorização do real com a corrupção generalizada. É o mesmo filme porque são faces da mesma moeda. O povo brasileiro encheu o saco disso e o Bolsonaro estava na área.
E o senhor, se arrependeu de ter ficado de fora do segundo turno na eleição passada?
Cumpri a orientação do meu partido que foi um apoio crítico. Mas sabendo o que sei e vendo o que eu vi, se vou de novo fazer comício com o PT passa a ser cumplicidade. Aliança, solidariedade tudo bem, até porque em uma eleição que você não é majoritário tem que ter a humildade de ficar perto do seu vizinho, ainda que você não seja igual, e negando seu antagônico. Não estou arrependido de não ter votado no Aécio e ter votado na Dilma, votaria do mesmo jeito, mas já com o dedo no nariz. Já votei com o dedo no nariz e não estou dizendo isso hoje, denunciei publicamente na época a maluquice do Lula impor a Dilma sem experiência e o Michel Temer corrupto de 30 anos na linha de sucessão. Engoli, mas daqui para frente é cumplicidade e sou sério.
O senhor disse que Bolsonaro não termina o mandato. Tem uma previsão?
Tinha uma perspectiva que não demorava muito, porque estava acompanhando a investigação do MP do RJ com relação aos filhos dele. Ali não tem erro. O Bolsonaro fazia isso como deputado, todo mundo sabia que ele tinha cinco seis funcionários fantasmas que assinavam recibo, ele pegava dinheiro e botava no bolso. Ele ensinou os bolsonarozinhos zero um, dois e três a fazer a mesma coisa. A vida do Bolsonaro é isso, carguinho, mamatinha. É inacreditável que faça o discurso oposto e a população brasileira engula. Está tudo visto e quando começaram a investigar viram algo muito mais complexo que é uma conexão íntima com as milícias do RJ. Esse Queiroz tem 10 homicídios nas costas, esse Ânderson 100 homicídios. E a mãe e o irmão estavam no gabinete do Flávio Bolsonaro. Vem aí um documentário do José Padilha que vai ser lançado em julho do ano que vem. Pode ser a ocasião, porque vai estar tudo mostrado.
Acredita em uma saída voluntária ou provocada?
Acho que ele renuncia. Na vida democrática moderna do país só três presidentes terminaram o mandato: Juscelino, Fernando Henrique e Lula. Ele é um cara avesso ao antagonismo, não consegue conviver com a crítica. Enquanto tem compensação, sai no carro e chamam de mito, ainda tem compensação. No ano que vem não vai poder por a cara na rua que é vaia em todo canto. Qual a compensação no fim? Ele tem personalidade para resistir a isso? Duvido. Esses filhos malucos criando caso e o Trump perdendo a eleição. A humilhação que submeteu o país a partir de uma humilhação pessoal dele. Ele deu uma entrevista que pouca gente deu valor dizendo que acorda de madrugada chorando. Diz que guarda um revólver perto porque desconfia de todo mundo, tomara que não seja suicido porque aí é trágico.
Como o senhor avalia a atitude do Lula de rejeitar ir para o semiaberto?
Ele sentiu que o judiciário brasileiro está emparedado. Dá entrevista toda hora, está em uma suíte bastante confortável, recebe namorada, alguns amigos toda hora, e sentiu que o tubarão sangrou no mar, que o aparelho de Justiça do Brasil está sangrando pelas imprudências do Sérgio Moro, pela fissura com o STF, então ele está jogando. E desmoralizando a justiça. Estou falando como professor de direito, não é opção sua ou minha ficar dentro ou fora da cadeia. Só está dentro ou fora quem a lei mandar.
Também foi inédito o MP pedir para ele sair?
Porque essa turma de Curitiba só faz política e caíram no ambiente do Lula. No campo da política, o Lula é o campeão, essa meninada Deltan Dallagnol, esses babacas, o Sérgio Moro é um idiota na frente do gênio político do Lula. Ele agora está jogando com o Supremo, está emparedando o supremo. E o trágico é que na esteira disso lá se vai Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha e Palocci para a liberdade, tudo vai ser anulado. No direito, o juiz não pode aconselhar a parte, se ele aconselha a parte, e o MP é parte, é considerado suspeito. Se ele é considerado suspeito todos os atos que presidiu são nulos. Não é que o Lula vire inocente como vão dizer, é nulo o ato começa tudo de novo.
Para o senhor o Sérgio Moro deve ser declarado suspeito?
Dentro do melhor direito, sim. Só que não é por notícia de jornal. Os advogados do Lula mandam a notícia, a Justiça recebe, abre para parecer do MP, este se tiver dúvida vai pôr suspeita, o Judiciário tem que determinar perícia, a PF faz e afirma se são verdadeiras ou não. Como a gente sabe que são verdadeiras, uma vez a perícia afirmando que são depois desse rito ele é suspeito e sendo suspeito tudo será nulo. E aí está o grande bem que o Sérgio Moro fez à Justiça brasileira, passar um atestado de impunidade. Aí apostando na ignorância, o Sérgio Moro vai se demitir dizendo eu prendi e eles soltaram para ficar no guetozinho dele, nos seus 18% ou 20% que ainda restarão de fanáticos do lava-jatismo.
Correio Braziliense