Dez senadores (veja lista abaixo) gastaram quase 20% do que todos os 102 titulares e suplentes que exerceram mandato na Casa desde fevereiro de 2015. Essa pequena bancada acumulou despesas de R$ 12,6 milhões, tudo bancado com dinheiro público por meio da cota para o exercício da atividade parlamentar dos senadores (Ceaps), também conhecida como cotão. Ao todo, o Senado torrou R$ 64,7 milhões do início da legislatura até o último dia 30.
Somados os custos com passagens aéreas (R$ 22 milhões), também previstos no cotão, o montante chega a R$ 87 milhões. Como as tarifas para viagens entre Brasília e os estados do Norte e Nordeste costuma ser mais caras do que para outros destinos, o Congresso em Foco excluiu da lista dos dez maiores gastadores as despesas com os bilhetes aéreos. Mesmo assim, a exemplo da Câmara, os parlamentares dessas duas regiões foram os mais perdulários.
A relação é composta por dois senadores do Amapá, dois do Amazonas, dois do Piauí e dois de Roraima, um de Alagoas e outro do Acre. Davi Alcolumbre (DEM-AP), João Capiberibe (PSB-AP) e Fernando Collor (PTC-AL) encabeçam a lista. Alcolumbre reembolsou R$ 1,46 milhão, enquanto os outros dois foram ressarcidos em R$ 1,28 milhão.
Essa verba cobriu gastos com propaganda do mandato, combustível, aluguel de escritório político, carro, entre outros. Ficam de fora salários, auxílio-moradia, veículo oficial e verba para contratar assessores. O valor da cota varia conforme o estado de origem do senador: de R$ 21 mil (Distrito Federal e Goiás) a R$ 44,2 mil (Amazonas). As despesas são ressarcidas pelo Senado mediante apresentação de recibo ou nota fiscal.
Os 10 senadores mais perdulários de 2018
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