Opinião

É preciso que rezemos pela paz no Irã, um dos principais berços da Humanidade

O irã  é uma das civilizações mais antigas da humanidade. No segundo milênio antes de Cristo, na parte setentrional do Irã já se conhecia uma forma rudimentar de escrita cuneiforme. E na parte Oriental já havia literatura oral: profana e religiosa.

O Império Persa dos Aquemênidas (600-300 antes de Cristo) estendeu-se desde a antiga Mesopotâmia até a Índia, do Mar Cáspio ao Golfo Pérsico.  Abrangia grande parte do continente asiático.

SURGE ZARATUSTRA – A literatura profana constitui-se de registros dos reis aquemênidas e seus feitos. É nessa época que surge o profeta e reformador religioso Zaratustra.

Suas pregações depois são compiladas no famoso livro “Zend-Avesta”, o estilo lembra um pouco os Rig-Vedas, os mais antigos Vedas da Índia.

A dinastia dos aquemênidas termina com a chegada de Alexandre, o Grande, trazendo a cultura grega. Mas, curiosamente, ao sair da Índia, Alexandre deixa nessa vasta região o “governador” Menandro que gostava de filosofia.

Culturalmente falando o Budismo já era uma forte presença nessa região, no século dois antes de Cristo, e surge então um famoso livro sobre “As perguntas do Rei Milinda”, que retrata o diálogo entre este “governador” Menandro e o monge budista Nagasena.

REI MENANDRO – Milinda é a pronúncia indiana para o nome grego Menandro. Ou seja, a literatura iraniana contemporânea tem como base o “Zend-Avesta” de Zaratustra e “As Perguntas do Rei Milinda”, um clássico do budismo.

Quem popularizou o nome do escritor persa foi o filósofo alemão Friedrich Nietszche, ao lançar “Assim Falava Zaratustra”, considerado um dos livros mais importantes do Ocidente.

Esperamos que a propalada Terceira Guerra Mundial não aconteça. Se jogarem artefato nuclear na região vai prejudicar todo o planeta e não só os habitantes de lá.

ORAÇÕES PACIFISTAS – Quem souber rezar, faça as suas orações pacifistas. Vamos enviar boas vibrações para o local. Ateus e Agnósticos podem também mentalizar pensamentos positivos. Estamos todos interligados, fazemos parte da Natureza, do Ecossistema. A Paz é possível, sim!

(Fontes: “História das Literaturas Universais”, em 6 volumes, Editorial Estampa, Lisboa, 1974; “Milinda Panha – As Perguntas do Rei Milinda”, Livros do Mundo Inteiro, Rio de Janeiro, 1973;- “Assim Falava Zaratustra”, Friedrich Nietzsche, Editora Vozes, 2014)
Antonio Rocha