Judiciário

Em pronunciamento, Cármen Lúcia pede ‘respeito às diferenças’

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta segunda-feira, em um pronunciamento, que o país vive “tempos de intolerância e de intransigência contra pessoas e instituições”. O discurso da ministra foi exibido pela TV Justiça, por volta das 18h30.

A manifestação ocorre a dois dias do julgamento no qual a Corte retomará a discussão sobre o habeas corpus pedido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para evitar a execução provisória da pena de doze anos e um mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá (SP), um dos processos da Operação Lava Jato. O julgamento está pautado para a sessão da próxima quarta-feira.

Cármen Lúcia, no entanto, não cita nomes nem eventuais demandas em curso na Corte máxima, mas revela profunda preocupação com a preservação da democracia. Ela pede “serenidade” e diz que fora da democracia “não há respeito ao direito, nem esperança de justiça e ética”. “Há que se respeitar opiniões diferentes. O sentimento de brasilidade deve sobrepor-se a ressentimentos ou interesses que não sejam aqueles do bem comum a todos os brasileiros.”, afirmou.

“Problemas resolvem-se com racionalidade, competência, equilíbrio e respeito aos direitos. Superam-se dificuldades fortalecendo-se os valores morais, sociais e jurídicos. Problemas resolvem-se garantindo-se a observância da Constituição, papel fundamental e conferido ao Poder Judiciário, que o vem cumprindo com rigor”, disse a presidente do STF.

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