Eleições

Haddad toca num assunto delicada: a corrupção nas estatais nos governos do PT

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, admitiu neste sábado (13) que nos governos do PT não houve controle interno nas estatais e que diretores ficaram soltos para promover corrupção. Na entrevista, Haddad também admitiu erros de governos do PT no combate à corrupção. “Faltou controle interno nas estatais. Isso é claro. Diretores ficaram soltos para promover corrupção e enriquecer pessoalmente”, disse.

Questionado sobre a possível participação de dirigentes do partido nos crimes, respondeu: “Aí é pior. Se algum dirigente cometeu erros, garantido amplo direito de defesa, mas se concluir que alguém enriqueceu, tem que ir pra cadeia, com provas”.

COM ARTISTAS – No fim da manhã, Haddad foi até o extremo oeste de São Paulo, na divisa com o município de Osacos. Ele participou de um encontro com jovens de movimentos culturais da periferia, que trabalham com hip hop, literatura e folclores.

O bairro surgiu há 28 anos, a partir da construção de um conjunto habitacional. Ainda hoje tem moradias precárias e é carente de espaços culturais. Os moradores pediram a Fernando Haddad mais investimento em edução, cultura e moradia.

O candidato prometeu destinar recursos para os artistas da periferia e acelerar a construção de casas populares.

OBRAS PARADAS – “O programa Minha Casa, Minha Vida está parado, tem 40 mil casas para serem concluídas, paradas. A primeira providência nossa é fixar meta de 500 mil unidades por ano, no mínimo”, afirmou o candidato, acrescentando: “Ao fim de quatro anos, queremos entregar 2 milhões de casas novas para a população. Com uma diferença: vamos pegar todas as terras públicas das grandes cidades e vamos doar pro Minha Casa, Minha Vida. Aí o beneficiário vai poder morar mais perto do trabalho”, disse Haddad.

BOLSONARO – O candidato do PT convocou mais uma vez o adversário Jair Bolsonaro (PSL) a debater. O candidato do PSL tem adiado a participação em debates devido a recomendações médicas, após ter sido alvo de um ataque com faca em 6 de setembro.

“Quem não tem proposta, não tem o que debater. Lamento, porque alguém que queira presidir o país, tem de ter projeto para o país. Não pode passar incólume. Tem que passar pelo crivo do debate, do contraditório, inclusive para esclarecer o que ele vem dizendo, para pleitear a Presidência da República. Acho que não tem paralelo na história do Brasil alguém que chegou à Presidência sem participar de um debate”, afirmou.

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