Em entrevista coletiva no Palácio de Miraflores nesta quarta-feira (12), o ditador venezuelano Nicolás Maduro disse “o povo do Brasil e as forças militares do Brasil querem paz e cooperação com a Venezuela”, mas que o país elegeu um vice-presidente que “tem cara de louco” e “intenções de invadir a Venezuela”. Diante de jornalistas estrangeiros convocados para a entrevista, acusou Mourão de beligerância em relação ao país vizinho: Veja também Maduro cita Brasil, EUA e Colômbia em complô; Rússia enviou ajuda militar Hamilton Mourão fala todos os dias como presidente paralelo do Brasil.
Sobre as supostas agressões à Venezela, Maduro falou que pede “a Deus paz, mas que não se enganem nunca, porque vamos dar uma lição da qual não vão se esquecer em mil anos”. Maduro diz que “quase não se ouve a voz de Bolsonaro” e acusa Mourão de ser agressivo com a Venezuela. “Ninguém no Brasil quer que o governo entrante de Jair Bolsonaro se meta em uma aventura militar contra o povo da Venezuela”, disse. Mas, segundo Maduro, “no governo entrante, um é mais louco do que o outro”, e acusa Mourão de planejar provocações militares no sul da Venezuela — área que faz fronteira com o Brasil. Maduro também sobe o tom com Bogotá.
Desde o agravamento da crise econômica e humanitária na Venezuela, soluções mais enérgicas contra o governo de Maduro já foram propostas por outros estados e até mesmo organizações. Em agosto de 2017, Donald Trump declarou abertamente considerar uma solução militar para Venezuela. “As pessoas estão sofrendo e morrendo. Temos muitas opções em relação à Venezuela, incluindo uma possível operação militar, caso necessário” O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luiz Almagro, também disse avaliar intervir militarmente na Venezuela para resolver a crise que assola o país.
Uol