Eleições

Movimentos de renovação política elegem mais de 30 deputados e senadores

Movimentos suprapartidários que apoiam e incentivam a renovação na política elegeram 29 deputados e 4 senadores, além de um suplente de senador, para a próxima legislatura. Os 34 eleitos integram nove grupos: o Agora!, o Renova Brasil, o Livres, o Nós, o Ocupa Política, o Muitas, o Vote Nelas, a Rede de Ação Política Pela Sustentabilidade (Raps) e o Movimento Brasil Livre (MBL). Entre eles, 16 vão estrear no exercício de um mandato público.

Apenas dois dos 11 movimentos independentes que lançaram 176 candidatos ao Congresso este ano não conseguiram emplacar ao menos um parlamentar – a Frente Favela Brasil e o Brasil 21. Alguns dos eleitos fazem parte de mais de um grupo e estão distribuídos em 14 partidos. Os movimentos que mais elegeram candidatos foram a Raps, com 19 nomes; o RenovaBR, com 11, e o Ocupa Política, com 4.

Acredito, RenovaBR e Agora! são os três grupos mais focados em reunir e preparar lideranças jovens, de todas as colorações partidárias, que nunca exerceram mandatos, engajadas, segundo eles, em buscar soluções para mudar o Brasil, estimular o desenvolvimento e diminuir a desigualdade no país. O RenovaBR tem um processo seletivo para escolher as lideranças (entenda cada movimento mais abaixo).

34

foram eleitos

16

nunca tiveram mandato

14

partidos

O Nós e o Ocupa Política têm foco no Legislativo e reúnem candidaturas mais à esquerda e que defendem o combate à desigualdade. O Livres, também suprapartidário, reúne pessoas alinhadas com ideais liberais e que defendem a liberdade individual, a convivência democrática e a sensibilidade social.

A Raps é o movimento que elegeu mais senadores, incluindo políticos já conhecidos, como a hoje deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) e o deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB-AL). Reeleito para mais oito anos no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também é ligado à Raps. O grupo defende a qualidade da democracia, a ética, a transparência e a sustentabilidade.

Delegado da Polícia Civil, Alessandro Vieira (Rede-SE) é o único senador eleito pelos movimentos de renovação que exercerá um mandato público pela primeira vez. O sergipano é dos movimentos Renova e Acredito. Quem também poderá estrear na vida pública é o suplente do futuro senador Rodrigo Cunha, Henrique Arruda (Pros-AL), do Livres.

Entre os deputados ligados aos movimentos de renovação, 14 nunca haviam sido eleitos – número que inclui aqueles que se candidataram em anos anteriores, mas não conseguiram se eleger.

Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, o movimento Renova Brasil conseguiu eleger dois deputados federais: Vinicius Poit (Novo-SP) e Tabata Amaral (PDT-SP). Pelo estado, que detém 70 cadeiras na Câmara, também se elegeram o coordenador do MBL, Kim Kataguiri (DEM-SP), e o Professor Luiz Flávio Gomes (PSB-SP), ligado à Raps. Kataguiri despontou nas manifestações pró-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.

37 anos

é a média de idade

22 a 24

é a idade dos eleitos mais novos

61 e 65

é a idade dos eleitos mais velhos

Suprapartidário

As configurações da Câmara e do Senado que saíram das urnas neste ano são ainda mais fragmentadas que as atuais. As 513 cadeiras da Câmara são atualmente ocupadas por deputados de 25 partidos diferentes. A partir de 2019, serão 30 partidos representados na Casa. No Senado, esse número passará de 17 para 21 siglas.

Suprapartidários, os movimentos de renovação tinham líderes em 29 partidos diferentes nesta eleição. Entre os eleitos, oito são do PSB. Professor Luiz Flávio Gomes, Diza Gonzaga (PSB-RS), João Campos (PSB-PE) e Felipe Rigoni (PSB-ES) foram eleitos para o primeiro cargo.

Além do PSB, Novo (4) e Psol (4), Rede (3) e PSDB (3), PDT (2) e PPS (2) elegeram mais de um deputado. PHS, Pros, PSC, PSD, PSL, PTB e PV elegeram um candidato cada.

Entre os nunca assumiram cargos eletivos, a média de idade é de 37 anos. Os mais novos são Kim Kataguiri, com 22 anos; João Campos – filho do ex-governador Eduardo Campos, falecido em desastre aéreo em 2014 -, com 23, e Tabata Amaral, eleita aos 24 anos. Os mais velhos são Luiz Flávio Gomes e Diza Gonzaga, com 61 e 65 anos, respectivamente.

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