Opinião

No país de piada pronta, de repente Lula virou mocinho e Moro pode virar bandido…

(Vicente Limongi Netto -TI)

Lula de volta ao jogo democrático. Recebeu atestado de honestidade da Suprema Corte. Decisão judicial é para ser cumprida. Com serenidade, sem paixões. Setores políticos atônitos com o voto monocrático do ministro do STF, Edson Fachini. Bolsonaro e alquimistas palacianos seguramente estão em polvorosa. O presidente não vai mais ter pesadelos com João Dória. Passará a tê-los com Lula.

Tolice negar que Lula é forte nas urnas. O PT lava a alma e faz planos que mudarão completamente os rumos das eleições de 2022. Bolsonaro, que gosta de cantar de galo e declarar-se imbatível, terá que reaver seus planos políticos.

PRESIDENCIÁVEIS – Pesquisas revelam que hoje, apenas Lula tem condições de superar Bolsonaro no segundo turno. Com pré-candidatos e autocandidatos aos montes, desunidos, olhando para o sucesso do próprio umbigo, as coisas ficam ainda mais fáceis para Lula.

Açodados e eternos negacionistas – não só de vacinas, mas também de votos – seguramente alimentam planos nada republicanos. A ordem é manter afastado Lula longe do poder. Bolsonaro precisará convencer o eleitor que Lula e o PT são nocivos ao Brasil.

Pelo tumulto nacional diante da decisão do ministro Fachin, não será tarefa fácil. #golpe não.

A colunista Denise Rothenburg, no Correio Braziliense deste domingo, revela que procuradores da República analisam enquadrar Bolsonaro como omisso, diante das recentes declarações dúbias do presidente, relacionadas ao combate ao coronavírus.

Nessa linha, recordo e saliento o final de meu texto publicado no Correio Braziliense de 28 de fevereiro, sob o título “Tragédia”, no qual dizia: “Pelo andar da carruagem, Bolsonaro será lembrado como omisso e irresponsável”.

Agora, o gentil Bolsonaro vai estrelar uma campanha do Ministério da Saúde estimulando a aquisição de vacinas, com o slogan: “Manda tua mãe comprar”.

COISA FEIA – Brincadeira e montagens de imagens com ranços de patrulhamento, inveja, ressentimento e recalque. Foi neste domingo, no programa “Esporte Espetacular”, da TV Globo.

Tentando ser engraçado, o repórter Luiz Gutierrez recuperou trechos de uma entrevista do então jogador Renato Gaúcho à repórter Glória Maria, que pedia pedindo ao agora vitorioso e sessentão técnico do Grêmio que indicasse um homem bonito. “Fernando Collor de Mello”, respondeu Renato.

Em seguida, Gutierrez entra em cena, como se a pergunta fosse dele e atual, debochando e rasgando o script: “Ah, tá de brincadeira”.

Os antigos ensinam que inveja e ciúme de homem são coisas perigosas, que podem até matar.