Agentes da Polícia Federal (PF) monitoravam desde terça-feira a movimentação do ex-presidente Michel Temer em São Paulo. Foi nesta data que o juiz Marcelo Bretas , titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio proferiu a decisão de prisão, mantida sob sigilo até esta quinta-feira. Um dos carros da PF, inclusive, estava de prontidão, discretamente, nas intermediações da casa do político do PMDB, na região de Alto de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista.
A PF precisou de um dia para organizar a operação de prisão do ex-presidente. Mas, por razões ainda não esclarecidas, na manhã de hoje, data escolhida para efetuar a prisão, policiais não sabiam dizer, com exatidão, se o ex-presidente estava em casa.
SEM ENTRAR – Por esta razão, optaram por não tocar a campainha nem ingressar no imóvel, para não dar ao ex-presidente a oportunidade de fugir ou ser informado por terceiros sobre a operação.
Segundo um dos coordenadores da ação que levou à prisão do ex-presidente, a decisão de não entrar na casa se deu “por segurança”.
– Policiais não entraram para que tivessem a confirmação absoluta da presença dele. E para não correr o risco de uma entrada, e perder a oportunidade – disse a fonte ao Globo.
INTERCEPTAÇÃO – Quando um carro particular chegou à residência de Temer e, em seguida, deixou o endereço, policiais conseguiram confirmar que o ex-presidente estava no veículo. Decidiram, então, seguir o carro e interceptá-lo em uma avenida próxima à casa do político, pouco tempo depois de ele ter deixado o endereço.
– Não se sabia o seu destino. Para não perder de vista o carro no trânsito, foi feita a interceptação – contou um dos coordenadores da operação.
TI