Meio Político

O que esperar de um povo violento e desonesto

E não adianta aquele jargão que somos pacíficos, honestos e trabalhadores. Os números e a história mostram o contrário.(Claro, que existem exceções).  No item violência, matamos mais que países em guerra civil. E não é de hoje, historicamente, sempre resolvemos nossas questões das várias esferas, na bala, na foice, no facão ou amarrando as camisas, em uma briga de facas, onde o saldo era sempre dois mortos, numa barbárie, digna dos irracionais.

A outra inverdade que apregoamos no dia a dia é a honestidade. Como somos honestos, se buscamos a cada momento roubar o direito do outro. É honesto quem explora os funcionários, no objetivo de enriquecer a qualquer custo? É honesto, fazer corpo mole na empresa ou roubar o patrão, com a desculpa de que, por ele ser rico, seria justificado?  É honesto quem mesmo jovem, estaciona seu veículo na vaga destinada aos idosos; fura a fila, com a desculpa que está com pressa; ou como motorista não respeita os pedestres e quando a pé, reclama dos motoristas que não param na faixa de pedestre?

É honesto quem chama políticos de ladrões e vende o voto para eleger esses mesmos políticos? É honesto, quem continua sacando os recursos da aposentadoria dos seus pais, mesmo depois que eles morrem, sem comunicar ao INSS? É honesto, usar uma religião em nome de Deus, para enganar fiéis desesperados, com o único objetivo de enriquecer?

O que vemos na prática, no nosso cotidiano, nada mais é, do que o reflexo do que somos. Reclamamos das práticas dos outros, mas praticamos os mesmos erros que condenamos.

Os números…

O tema mais comentado nesta segunda-feira (30) foi os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que trouxe os números de mortes violentas intencionais registradas no Brasil em 2016. Os dados são alarmantes: 61.619 mortes, com o avanço de 4,7% em relação ao ano anterior.

…Alarmantes

A taxa média nacional de mortes violentas ficou em 29,9 assassinatos por 100 mil habitantes, muito acima do que é aceitável pela Organização das Nações Unidas (ONU), que é de até 10 mortes violentas para cada grupo de 100 mil habitantes.

Os campeões

Os estados mais violentos, coincidentemente nordestinos, são: Sergipe (64/100mil hab.), Rio Grande do Norte (56,9) e Alagoas (55,9). Muito acima da média nacional.

Paraíba

A Paraíba tem a segunda menor taxa do Nordeste (33,10). Só é superada pelo Piauí, com 21,90. O Estado saiu de 37,80 mortes por grupo de 100 mil, em 2015, e foi para 33,10, em 2016. Em números absolutos, o número de homicídios caiu de 1.502 para 1.322. Uma queda de 12,58% das ocorrências.

Comemoração

O governador Ricardo Coutinho e o secretário de Defesa Social Claudio Lima comemoram esses números. Os números não são o ideal muito menos os aceitáveis, mas no lugar dos que fazem o governo, qualquer um estaria comemorando. Não pelos nossos resultados, mas, pelos trágicos números apresentados pelos estados vizinhos.

Mané

O vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PMDB), cutucou o secretário João Azevedo (PSB), pré-candidato ao governo do estado, dizendo que o mesmo teria que ser içado por um guindaste, fazendo alusão a números de pesquisas internas, onde o socialista estaria com a popularidade em baixa.

O troco

Coube ao governador Ricardo Coutinho (PSB), responder as provocações de “Mané”. “Eu acho que ele [Manoel Junior] não precisa ser alçado por um guindaste porque basta perceber a imprensa nacional, basta perceber as conversas de Eduardo Cunha que ele, enquanto vice-prefeito e ex-deputado, vai estar realmente no topo da notícia”.

A ameaça

E Ricardo foi no fígado: “O nosso candidato tem o trabalho, tem tudo isso que este Estado está passando de positivo. Já ele – Manoel Junior – que não tem absolutamente nenhum trabalho, tem apenas a preocupação, sinceramente, no meio desta confusão toda, de continuar sendo vice-prefeito, isso se Cunha não fizer delação”.

 Na CMCG, a disputa por espaços para viabilizar candidaturas em 2018, do pescoço pra baixo é canela.