Em um protesto menor do que os últimos realizados de domingos na Avenida Paulista, movimentos como Vem pra Rua e Nas Ruas protestaram neste domingo (8) em apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que possibilita a prisão em segunda instância.
Como nos eventos anteriores, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi exaltado pelos líderes do ato, enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DRM-AP) foram hostilizados.
Dos três movimentos que levaram carros de som para a Avenida Paulista, apenas o Nas Ruas, fundado pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), defendeu o presidente Jair Bolsonaro.
O racha no PSL, aliás, dominou os discursos do movimento Nas Ruas, que é a última trincheira do bolsonarismo entre as organizações pró- impeachment de Dilma.
O Movimento Brasil Livre (MBL) não participou da manifestação.
Os discursos dos líderes do ‘Nas Ruas’ priorizaram ataques à deputada Joice Hasselman (PSL-SP), que rompeu com a ala bolsonarista do partido e entrou em rota de colisão com Zambelli.
Hasselman foi chamada de “Pepa Pig” nas falas e palavras de ordem em uma referência a personagem do desenho animado.
“Esqueçam essa mulher. Joguem ela no ostracismo. Deixem de segui-la nas redes sociais e não comentem os posts dela. O gabinete dela na Câmara foi um dia do Lula, e o meu do Bolsonaro. Chupa!”, disse Zambelli em seu discurso.
O Nas Ruas levou para o ato um boneco inflável de Sérgio Moro e outro de Gilmar Mendes com a estrela do PT no peito ao lado do ex-presidente Lula.
“A Joice só defende ela mesma. Ela não é Brasil ou São Paulo. A Joice é a Joice”, disse Carla Zambelli ao Estado.
Estadão