Opinião

Reflexões sobre a História Republicana e o atual momento político

Na eleição quem ganhar leva. Qualquer um. Eles falam do Lula, mas na verdade Lula prestou mais serviços ao comando da ditadura do que qualquer um deles. Lula desde os 18 anos, em 1964, quando foi apresentado aos militares pelos irmãos Villares, passou a ser por eles protegido. Particularmente, pelo general Golbery do Coutto e Silva. Com a morte de Golbery, Lula e Dirceu arregalaram os olhos e fizeram merda, se enchendo de processos e cadeia.

Creio que o ódio que esses militares passaram a ter do PT foi por causa da “Comissão da Verdade” instalada por Dilma, na qual o general Leo Etchegoyen (pai do atual ministro Sérgio Etchegoyen) foi acusado de crimes contra direitos humanos e também o torturador coronel Brilhante Ustra.

DESDE 1893 – Os Etchegoyen vêm ainda das lutas do Rio Grande do Sul entre Maragatos e Chimangos, na Revolução Federalista em 1893. Os Chimangos republicanos e os Maragatos monarquistas. De um lado, Silveira Martins monarquista, e de outro, Julio de Castilhos republicano, que deu origem aos republicanos positivistas que governaram o Rio Grande do Sul por 30 anos. É a linhagem de Julio de Castilhos, Borges de Medeiros, Getúlio Vargas, Jango e Brizola.

Vocês acham que, agora,  200 milhões de brasileiros vão ter medo de uma dúzia de militares ávidos de poder? Na democracia, quem manda é o povo. Ganhando leva. Na marra, vai ter gente pendurada de cabeça para baixo como foi Mussolini. Eles não são malucos.

APOIO A BOLSONARO – O general Augusto Heleno, principal apoiador de Bolsonaro, é muito espalhafatoso. Esteve no Haiti. Lá não tinha nada. O que pairava era consequência de um terremoto e a oposição cerrada apoiada pelos EUA e França contra o padre Aristides, que fora eleito e buscava a reeleição. Heleno voltou cheio de vaidade. Fiz isso fiz aquilo. Depois foi para o comando da Amazônia. Lá conheceu e passou a apoiar o “grileiro arrozeiro” Paulo Cezar Quartieiro, que com documentos falsos queria se apossar de parte da reserva Raposa & Serra do Sol que foi “reservada” pelo general Cândido Rondon quando na região esteve em 1912, fazendo a demarcação com a Venezuela, e foi auxiliado pelos índios Macuxis, Patamonas, Igaricós e Ipixunas.

Os Macuxis foram os que mais ajudaram e Rondon sugeriu uma reserva ao governo do Estado do Amazonas que tomou o n° 910.

SÓ EM 2004 – Em razão dos acontecimentos mundiais com a guerra de 14/18 o tempo foi passando e só em 2004 é que foi demarcada a Serra do Sol. Quartieiro derrubou pontes, incendiou aldeias, foi acusado de 21 mortes de índios e teve o apoio de Heleno que não queria a demarcação contínua da reserva.

Quartieiro era muito amigo de Hugo Chavez. Ele mesmo disse que em Manaus entregou pessoalmente uma carta a Chavez pedindo ajuda para defender “nossas terras”. Chavez nem respondeu.

BOLSONARO – Será uma desmoralização para Forças Armadas se Bolsonaro for eleito. Nunca na história: nem no tempo da Colônia, o Brasil foi governado por um capitão. Na República, nem se fala. Todos que comandaram o Brasil foram generais. Agora, há generais que querem é se aproveitar da possível eleição de Bolsonaro.

Mourão tem um imbroglio que diz ter ele recebido pixulecos. Heleno era amigo do peito, irmão camarada de Quartieiro, um grileiro arrozeiro gaúcho conhecido como muito generoso. Saiu da Raposa & Serra do Sol chamando os ministros do STF de ladrões. Ladrões, ladrões, roubaram minhas terras.

Antonio Santos Aquino