A próxima sexta-feira (06) promete ser o dia ‘D’ para o futuro político do governador Ricardo Coutinho (PSB). Ele pode decidir ficar no cargo até o fim do mandato, frustrando a vice Ligia Feliciano, que conta as horas para sentar na cadeira principal do Palácio da Redenção.
E se a decisão for a de continuar no cargo, frustra também parte da oposição, que nos bastidores, já dialoga com a família Feliciano, tentando viabilizar uma composição com governo de Lígia, e com isso, inviabilizar, ou pelo menos fragilizar a candidatura de João Azevedo.
Por outro lado, pode agradar e muito, as pretensões do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) que, sem a concorrência de Ricardo, pode ter um caminho favorável para o seu retorno ao Senado Federal.
Outro que pode ser beneficiado com o ‘fica’ de do governador, é o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo – por enquanto sem partido – que, poderá se filiar ao Pros para ser companheiro de chapa de João Azevedo, na vaga para o Senado Federal. Veneziano de quebra, ainda conseguiria viabilizar a candidatura da sua esposa, Ana Claudia, para uma vaga na Câmara Federal.
Agora se a decisão de Ricardo Coutinho for deixar o governo para disputar uma vaga no Senado, muda não só as pretensões de Lígia Feliciano, como a de muitos políticos aliados do governo, como do grupo da oposição.
Lígia como governadora pode tentar a reeleição, e com isso, atrair apoios de políticos, que estão adiando ao máximo, que rumo vão tomar nessas eleições.
Cássio possivelmente não arriscará ficar sem mandato e disputará uma vaga na Câmara Federal. Veneziano também certamente não tentará voos mais altos, e ficará satisfeito com a reeleição.
Sem esquecer, que a decisão de Ricardo também deverá influenciar no destino do prefeito Luciano Cartaxo, da sua esposa e do seu irmão Lucélio Cartaxo.
Com esse cenário, antes de sexta-feira, dificilmente teremos alguma decisão final dos principais líderes políticos envolvidos nesse processo. Teremos no máximo, especulações, com o objetivo de tentar confundir o adversário.