Nas últimas semanas, os professores do Ensino dos anos finais (Fundamental 2) foram surpreendidos por uma inesperada mudança no horário de funcionamento das escolas, em vigor desde 2015, promovida pela Secretaria de Educação de Campina Grande (SEDUC). Essa mudança provocou uma grande inquietação na categoria e motivou a realização de Assembleia nesta quinta-feira, dia 24, no Auditório do Sintab, com os profissionais prejudicados.
O Vice-Presidente do Sintab Napoleão Maracajá criticou fortemente a medida da SEDUC, com o novo horário de funcionamento das escolas no meio do ano letivo e questionou: “Por que só agora? Na pior das hipóteses, essa medida deveria ser discutada no final do ano, para que os professores tivessem tempo de se planejar e se organizar”, explicou.
A SEDUC justificou sua decisão com base numa resolução do Conselho Municipal de Educação, aprovado em 2015, e alegando também ser uma exigência do Ministério Público, com base na LDB. “Tal medida terá um impacto negativo nos professores com 2 contratos que trabalham em Campina Grande, no Estado e em outros municípios; além dos alunos correrem o risco de ficarem sem cuidadores nas escolas”, explicou Socorro Normando, diretora do Sintab.
A Assembleia foi marcada por denuncias sobre vigilância dentro da sala de aula, falta de material didático e cuidadores, problemas na quantidade da merenda escolar, desatualizações nos níveis, salas de aulas desclimatizadas e pequenas, descumprimento da Lei do Piso e outras quuestões. “É muita cara de pau! Cobrar tanto e oferecer tão pouco. Só nos resta uma opção: enfrentarmos a situação”, afirmou Franklyn Ikaz, Presidente do Sintab.
Ao final da Assembleia, ficou encaminhado a necessidade da realização de um cálculo para definir com exatidão as horas-aula; o Sintab irá negociar com a SEDUC a manutenção do horário antigo; convocar os gestores escolares para uma Assembleia; agendar uma audiência com o Secretário de Educação; a possibilidade de agendar uma audiência com o Ministério Público e realizar uma nova Assembleia com Ato Público caso não se chegue há um acordo.