O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, determinou nesta quarta-feira (9) que a votação para a eleição do presidente do Senado seja feita por voto secreto. Mais cedo, também nesta quarta-feira, Toffoli negou ação do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e manteve o voto secreto também para a escolha do presidente da Câmara.
A decisão de Toffoli sobre o Senado responde a recurso dos partidos MDB e Solidariedade e derruba decisão do ministro Marco Aurélio, que havia determinado em dezembro votação aberta para a escolha do cargo. A eleição para a presidência e para os cargos da Mesa Diretora, principal órgão administrativo da Câmara e do Senado.
Dessa forma, após a votação, o painel eletrônico mostra apenas quantos votos cada candidato recebeu, mas não indica como votou cada senador. No Senado, é esperado que o voto secreto beneficie Renan Calheiros (MDB-AL), apontado como forte candidato ao cargo, mas que poderia perder apoio numa votação aberta, por ser visto como antagonista ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) lançou sua candidatura ao cargo, na tentativa de reunir os votos de apoio ao governo. Outros senadores também são apontados como possíveis candidatos que teriam a aprovação do Planalto, como o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e David Alcolumbre (DEM-AP).
Uol