Meio Político

Transição

A passagem de ano na cultura ocidental representa a mudança do velho para o novo. Geralmente de algo ruim, ou não satisfatório, para um campo fértil de ótimas possibilidades, mesmo que não haja mudança de local, comportamento ou atitudes.

Na noite do réveillon no mundo ocidental, vestimos roupas brancas esperando paz, vermelho desejando muito amor no ano que vai iniciar, ou até dourado esperando muito dinheiro para realizarmos os sonhos matérias. Ainda cantamos “adeus ano velho, feliz ano novo”, na esperança que no dia primeiro de janeiro estejamos como uma cobra que troca de pele.

Mas na verdade, na prática, o que realmente esperamos na transição de um ano para o outro, é que as coisas caiam do céu. Que num toque de mágica, o sonho do emprego se realize; a casa própria, que sonhamos há anos, chegue em um presente de papai Noel. E se não estamos satisfeitos com os governantes, que nós mesmos escolhemos, sonhamos que nas badalados do sino na missa do galo, eles possam mudar de comportamento.

De verdade nada disso acontece. O sol nasce do mesmo jeito, nós e que geralmente estamos ressacados de sono ou bebida e, sequer fizemos um balanço do que realizamos ou deixamos de realizar no ano que se foi. Ficamos no que dizia meu pai – possa ser que esse ano seja melhor. Jogamos a culpa dos nossos fracassos no ano e, não assumimos as nossas fraquezas.

Diante desse contexto, o que podemos esperar de 2018, ou melhor, de nós mesmos para o próximo ano. Na política, será que seremos capazes de escolher melhor nossos representantes para os governos federal, estadual e para o Congresso Nacional? Ou vamos vender ou trocar o voto escolhendo o mesmo que já sabemos que não presta e, vamos passar mais quatro anos reclamando sem ter razão.

Em Natal, no Rio Grande do Norte, onde estou nesse momento, onde há um total descontrole administrativo, com policiais aquartelados por falta de salários ao ponto do governador transferir o controle da segurança pública para o Exercito Brasileiro, esperamos que a população seja mais consciente na escolha do próximo governador.

Na nossa Paraíba, teremos a mesma possibilidade de escolha, manter a forma de Ricardo Coutinho governar o estado elegendo o nome que ele escolher para continuar o seu projeto de governo ou, se não estamos satisfeitos, escolher alguém que tenha capacidade de comando o estado da forma que julgamos ser correta para os paraibanos.

E finalmente, e talvez a decisão mais importante que teremos pela frente em 2018 seja a de escolher o próximo presidente do Brasil. Passamos os últimos anos reclamando das crises que nos atingiu em cheio: crise política, econômica, moral, ética (quando apontamos pra nós mesmo), enfim, a palavra que talvez mais utilizamos e sempre nos isentamos da responsabilidade. Teremos a chance de fazer escolhas diferentes das que fizemos em 204.

Um presidente que em pouco tempo não precisemos chama-lo de bandido. Um Congresso Nacional composto homens e mulheres, que sejam destaques na mídia por mérito de ter apresentado projetos que beneficie a vida dos brasileiros, e não em gravações com atos não republicanos.

Que em 2018 não caiamos na desgraça de eleger um presidente da República que coloque na justiça brasileira alguém com o comportamento de um Gilmar Mendes, que envergonha a Suprema Corte desse país.

Um feliz ano de praticas novas que resulte em dias melhores para todos nós.