Candidato à vice-presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad afirmou que, caso a sigla fique de fora do 2º turno, não está descartada a possibilidade de apoio ao PSDB de Alckmin. A declaração foi dada nesta quinta-feira (9) pelo ex-prefeito de São Paulo durante entrevista promovida pelo banco BTG Pactual.
A resposta de Haddad veio após ter sido questionado sobre eventual segundo turno entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL) e se ele recomendaria o apoio do PT ao PSDB. Sem dar uma resposta clara, ele lembrou das eleições de 1998, quando Marta Suplicy, à época deputada federal pelo PT, declarou apoio a Mário Covas, do PSDB, na corrida pelo governo de São Paulo.
“Eu não seio o que o PT vai fazer nesse caso, o que eu acho é o seguinte: o PT e o PSDB aqui em São Paulo mesmo, tiveram episódios muito interessantes. Em 98, por exemplo, a Marta era candidata e quase foi pro segundo turno, foi o Covas, e a Marta declarou apoio ao Covas, e não integramos o governo Covas. Dois anos depois tiramos a recíproca, a Marta foi pro segundo turno e como era o mesmo adversário, o Covas retribuiu. E a Marta foi eleita em 2000 com o apoio do PSDB.O que eu estou querendo dizer é o seguinte: o PT não tem esse preconceito, então é muito difícil responder a sua pergunta na conjuntura atual”.
Haddad participou do evento na condição de representante do PT, já que o ex-presidente Lula está preso em Curitiba e não conseguiu liberação da Justiça para participar de eventos e sabatinas como candidato.
Agência Rádio Mais