Campina Grande

‘Cangaço Campina’ abordará a presença das mulheres no Cangaço e a história de Maria Bonita

A presença das mulheres no Cangaço sempre é motivo de muito debate entre os historiadores e pesquisadores da temática. O evento “Cangaço Campina 2019 – História e Cultura Nordestina”, apresentará duas palestras que trata sobre a presença feminina no período lampiônico.

O historiador e escritor João de Sousa Lima, dono de um rico acervo de peças do Cangaço e autor do livro “Mulheres Cangaceiras”, abordará como se deu a entrada das mulheres no Cangaço e suas consequências.  “A mulher era descartada dentro do cangaço. Todos os cangaceiros anteriores a Lampião, como Antonio Silvino, Sinhô Pereira não tiveram mulheres sob seus comandos. Quem rompe com isso, e por uma paixão, é Lampião”. Explicou João de Sousa Lima.

A segunda palestra sobre a presença feminina no Cangaço ficará por conta da advogada e escritora Wanessa Campos, autora do livro “A Dona de Lampião”, obra baseada em estudos e pesquisas nos jornais, revistas, fotografias, documentos da época e entrevistas com familiares, cangaceiros e ex-volantes. O livro mostra como Maria Bonita levou toques femininos e delicados à rigidez e frieza do cangaço. “Ela incentivou a higiene no bando. Quando ela entrou para grupo, eles passaram a acampar próximo aos rios, para facilitar os banhos. O bando também começou a respeitar as famílias. E os cangaceiros trouxeram suas mulheres para o grupo”, conta Wanessa.

A jornalista, advogada e escritora Wanessa Campos é sertaneja da cidade de Triunfo e pertence a família Siqueira Campos com tradição de lutas políticas. Formada em jornalismo há 30 anos, pesquisar sobre Cangaço é uma das paixões de Wanessa Campos.

A palestra de abertura ficará por conta de outra mulher, a escritora Vera Ferreira, neta de Lampião, e contará com as presenças de Paulo Brito, filho do Coronel João Bezerra; Expedita Ferreira, filha de Lampião e Maria Bonita; Eliza Dantas, filha do cangaceiro Candeeiro; Jaqueline Rodrigues, neta de Chiquinho Rodrigues; e Patricia Gastão, filha do historiador e pesquisador Paulo Gastão.
Assessoria