Opinião

Entre o ex-presidente Lula ou o atual Bolsonaro, ninguém sabe quem é o mais “mascarado”

Vicente Limongi Netto

Parece piada de humor negro:  o exército do presidente Brancaleone com a turba ignara de arrogantes serviçais, os irmãos metralha e ele próprio, passaram a usar máscara. Autêntico teatro de negacionistas dissimulados. Precisou Lula voltar das trevas usando máscara e incentivando a vacinação, para despertar as almas insensíveis de plantão no Palácio do Planalto.

Antes, o deplorável ministro das Relações Exteriores e patética comitiva, que incluiu Eduardo Bolsonaro, passaram vexame em Israel. Foram obrigados a usar máscaras.

ARTIGO DE LUXO – Durante um ano os canastrões debocharam das normas sanitárias e da importância do uso da máscara. E a vacina é escassa. Tornou-se artigo de luxo. O imaculado filho senador aproveitou a deixa, tirou 6 milhões da poupança e comprou uma suntuosa casinha no Lago Sul.

Desde sempre, o mito de barro desdenhou da pandemia, chegando ao cúmulo de chamar a covid-19 de “gripezinha”. Depois, colecionou pilhérias ridículas, como “quem vacinar, “vira jacaré”.

Grosseiro, boca suja, sem educação, um dos filhinhos do Brancaleone mandou enfiar a máscara naquele lugar. Todo esse oceano de parlapatices e sandices por obra e graça daqueles que têm obrigação de oferecer bons exemplos e respeito ao próximo, enquanto centenas de milhares de famílias brasileiras são massacradas e infelicitadas pela covid. #repugnantes.

FORO PRIVILEGIADO – Para que Eduardo Pazuello não perca o foro privilegiado, Bolsonaro meteu na cabeça que  precisa arrumar alguma nova função para o ex-ministro da saúde. É do temperamento do presidente não deixar amigo na chuva.  Sugeriram a Bolsonaro a presidência do Banco Central ou da Petrobrás. O presidente recusou, alegando que o coitado do ex-ministro anda estressado. Trabalhou duro no ministério da Saúde. Precisa descansar o esqueleto. Pegar um batente mais leve. Nessa linha, o chefe da nação tem recebido pencas de sugestões. Analisa todas elas. Com carinho, zelo e espírito público.

Na lista de Bolsonaro consta: diretor da frota de veículos do Palácio do Planalto; capelão do Alvorada; diretor do setor das máscaras, luvas e álcool gel do Ministério da Economia;  administrador do serviço médico do Planalto; diretor da usina de lixo de Brasília; conselheiro especial do governador João Dória; salva-vidas da piscina do Alvorada;  chefe da segurança pessoal do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira; gerente do hotel de turistas em Fernando de Noronha; chefe da guarida  do condomínio onde mora Bolsonaro, na  Barra da Tijuca;  diretor administrativo do Ninho do Urubu, sede do Flamengo; comandante militar no Haiti;  chefe de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro; consultor financeiro de Fabrício Queiroz; e, por fim, estagiário da TV-Globo, para trabalhar na equipe de William Bonner.

Nessa terça-feira, após a posse de Queiroga, diziam em Brasília que Pazuello iria trabalhar com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, que não faz nada e está precisando de alguém para ajudá-lo nessa função.

BIG BROTHER REAL – Serão realmente bem-vindos, saudáveis e esperançosos bons tempos para o Brasil, se o novo ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, espelhar-se na conterrânea dele, Juliette, participante do BBB-21.

A advogada Juliette defende suas opiniões com firmeza, clareza e lucidez. Não abre mão de suas convicções.  Não se omite. É autêntica e respeitada no jogo. Trata todos bem, mas não admite servir de boi de piranha para ninguém. A propósito, alguns participantes do BBB não admitem a sagacidade e a inteligência de Juliette.

A bolsonarista Sarah, por exemplo, comanda o patético e covarde espetáculo de inveja contra a paraibana. Hilários tiros no pé.  Não é à toa que Juliette tem 15 milhões de seguidores nas redes sociais. Vai comendo o jogo pelas beiradas.