Meio Político

Muito barulho e pouco equilíbrio

As Câmaras

A semana na Paraíba tem sido marcada por demonstrações de completo desequilíbrio, nas câmaras municipais. Um dos casos registrado foi na Câmara Municipal do Município de Borborema, no Brejo paraibano. O vereador Massairo (PSB) atirou um copo em direção ao vereador Neto Galdino (PTB) durante discussão, na noite da quarta-feira (25).

Motivo

A confusão começou após Neto Galdino ter feito comentários a respeito de familiares do socialista, que não gostou e reagiu. “Falar da minha família, rapaz. Fale de mim”, esbravejou o vereador Massairo. O presidente teve que encerrar a sessão para acalmar os ânimos.

CMCG

Nas galerias da Câmara Municipal de Campina Grande a temperatura também foi elevada. Uma manifestação dos servidores do SINTAB e do Sindicato dos Urbanitários, que protestavam contra um projeto do executivo, que amplia a possibilidade de parcerias público privada na administração municipal, provocou uma confusão.

Ameaça

O barulho dos manifestantes provocou a suspenção temporária dos trabalhos, com a presidente Ivonete Ludjério acionando a “cigarra” pedindo silêncio, por cerca de cinco minutos ininterruptos.

Palavras

Dirigindo-se aos manifestantes, a presidente disse: “estou vendo gente de saúde aí; não estão dando expediente”. Depois a presidente informou que tudo estava sendo filmado, e que eles poderiam levar falta. Em seguida, chamou os manifestantes de baderneiros, e alegou que não tinha medo de barulho.

Leitura

Faltou, talvez, por parte da presidente do Legislativo, sabedoria nas palavras, que poderiam ser mais conciliadoras, chamando os líderes dos manifestantes para explicar que o projeto não se encontrava na Casa. O que acabou acontecendo, só que depois da confusão instalada.

Judicializando

Depois da troca de acusações por parte da vereadora Ivonete Ludjério e o sindicalista Wilton Maia sobre super-salários, ambos anunciaram que vão levar o assunto as barras da justiça.

No sertão

Outro fato lamentável aconteceu nesta quinta-feira (26), no Município de Cachoeira dos Índios, sertão paraibano. Um suplente de vereador do PSB foi agredido física e verbalmente pelo presidente da Câmara Municipal, Chico Brito (PR), que é líder da oposição na Casa. A agressão aconteceu quando Wesley Kayke (PSB), da situação, disse durante momento de tribuna livre na sessão que o presidente não aceitava opiniões diferentes das dele.

Agressão

Ao divergir de Chico Brito, o vereador levantou de sua cadeira e foi em direção ao jovem, o agredindo fisicamente, além de proferir agressões verbais. Outros vereadores precisaram intervir para acalmar os ânimos na Casa. Com a confusão, a sessão foi encerrada.

Briga suprema

Até no Supremo Tribunal Federal (STF), os ânimos estiveram exaltados. Os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso discutiram e trocaram ofensas na sessão da Corte na tarde desta quinta-feira (26). A discussão ocorreu durante o julgamento sobre a validade da uma decisão que envolve a extinção de tribunais de contas de municípios.

Estopim

O estopim para o início da briga ocorreu após Mendes criticar a situação financeira do Rio de Janeiro, estado de origem de Barroso. Luís Barroso questionou se, no Mato Grosso, estado de Gilmar Mendes “está todo mundo preso”, em referência aos políticos presos no Rio de Janeiro e complementou dizendo: “Nós prendemos, tem gente que solta”.

Réplica

Em resposta, Gilmar disse que o colega, ao chegar ao STF, “soltou José Dirceu”, ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva e condenado no caso do Mensalão.

Tréplica

O ministro Barroso acusou seu colega de ser parcial em suas decisões. “Não transfira para mim essa parceria que Vossa Excelência tem com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco”.

O esperado

Sem nenhuma surpresa, o plenário da Câmara Federal arquivou nesta quarta-feira (25), a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). Com o placar de 251 votos favoráveis e 233 contrários ao relatório a denúncia foi arquivada na casa.

Agora é com o povo

Com a ação espúria do presidente Michel Temer de conquistar apoio à custa de perdão de dívidas de empresários milionários, protegidos por uma bancada ruralista. Só resta agora o povo ter sabedoria, para punir nas urnas, aqueles que não tiveram moral para permitir que se investigasse quem praticou atos não republicanos.

 

“Todo mundo querendo descobrir seu ovo de Colombo. Quanto mais alto voam maior o tombo”.